Todos os anos, cerca de 2,8 milhões de bebês nascem no Brasil. Alguns dias após o nascimento, mais de 80% deles retiram algumas gotinhas de sangue para fazer uma das triagens neonatais mais conhecidas do país: o Teste do Pezinho.
Nas últimas décadas, esse exame tornou-se imprescindível para garantir a saúde de recém-nascidos no Brasil. Por isso, o Ministério da Saúde instituiu o dia 6 de junho como o Dia Nacional do Teste do Pezinho. O objetivo da iniciativa é aumentar ainda mais a conscientização sobre a importância do exame.
Essa triagem neonatal, assim como algumas outras, possibilita o diagnóstico precoce de uma doença. Assim, médicos podem começar os tratamentos adequados o mais rápido possível, aumentando as chances de sobrevivência e de desenvolvimento saudável da criança.
Para termos uma ideia da sua relevância, o Teste do Pezinho diagnosticou mais de 17 mil recém-nascidos com pelo menos uma doença nos últimos 5 anos. Além disso, ele foi um dos motivos da grande redução da mortalidade infantil no Brasil desde 1990. Naquele ano, registramos 63 óbitos a cada mil crianças de até 5 anos de idade. Em 2019, esse número caiu para 14, o que equivale a uma queda de 77%.
Teste do pezinho: entenda a origem e história
O Teste do Pezinho chegou ao Brasil na década de 70. Na época, ele identificava apenas duas doenças: a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. Essas condições foram escolhidas pois podem levar à deficiência intelectual, mas possuem tratamentos que se forem iniciados precocemente permitem um desenvolvimento saudável.
Em 1992, o exame foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e tornou-se obrigatório em todos os recém-nascidos. Nove anos depois, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) e planejou a implantação progressiva de novas doenças no Teste do Pezinho.
Assim, de lá para cá, quatro novas condições foram acrescentadas ao exame: em 2006, anemia falciforme; em 2013, fibrose cística; e em 2014, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Novas versões do Teste do Pezinho, com maior número de doenças, também foram criadas e disponibilizadas em redes privadas. O Teste do Pezinho Ampliado, por exemplo, pode identificar até 60 condições em recém-nascidos.
Expandindo o Teste do Pezinho
Neste ano, o governo brasileiro aprovou um projeto de lei para aumentar o número de doenças identificadas pelo Teste do Pezinho aplicado pelo SUS. De acordo com a expansão prevista, o exame passará a diagnosticar 53 condições, divididas em 14 grupos.
A implementação das novas doenças será feita em cinco etapas. O cronograma ainda será definido pelo Ministério da Saúde, mas deve ser finalizado até o dia 27 de maio de 2022 – um ano após a publicação da Lei no Diário Oficial da União.
Teste da Bochechinha: a evolução genética do Teste do Pezinho

O Teste do Pezinho é apenas uma das triagens neonatais disponíveis para recém-nascidos. Há também os Testes da Orelhinha, do Olhinho, do Coraçãozinho e da Linguinha, que buscam por alterações nessas partes do corpo.
Em 2017, a Mendelics, empresa-mãe do meuDNA, lançou um novo exame de triagem neonatal: o Teste da Bochechinha. A grande diferença deste exame para as demais triagens neonatais é que ele é genético. Ou seja, ele verifica se há alterações no DNA do bebê relacionadas a doenças.
O Teste da Bochechinha identifica mais de 340 condições e pode ser feito desde o primeiro dia de vida até o bebê completar um ano de idade. Todas as doenças contempladas pelo exame podem ser tratadas ou até prevenidas, ou seja, os pais terão como adotar medidas para garantir mais saúde e qualidade de vida para a criança.
É importante ressaltar que o Teste da Bochechinha complementa, e não substitui, o Teste do Pezinho. Algumas doenças não têm causas genéticas, e por isso não são identificadas pelo Teste da Bochechinha. Por outro lado, o Teste da Bochechinha consegue detectar centenas de doenças que não podem ser diagnosticadas com as triagens neonatais que não são genéticas.
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