Apesar de ser uma tradição cristã, que celebra o nascimento de Jesus Cristo, a origem do Natal é pagã. Na Antiguidade, no final dos meses de dezembro, era celebrado o solstício de inverno, pois a partir desta data e até o próximo solstício, os dias começam a ter mais tempo de luz do Sol, essencial para a agricultura de diversos povos daquela época.
Assim, o solstício era o período em que diferentes povos cultuavam seus deuses: gregos homenageavam Dionísio, o deus do vinho, os egípcios veneravam o Osíris, deus do julgamento, do além e da vegetação, e os romanos cultuavam Mitra, o deus da luz.
No calendário atual, o solstício de inverno acontece em 20 ou 21 de dezembro, mas no calendário da época, o culto à Mitra acontecia em 25 de dezembro e a celebração era chamada de Festival do Sol Invicto e incluía ceia fartas e trocas de presentes.
No século 4, o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, e a Igreja escolheu a data 25 de dezembro como sendo o nascimento de Jesus Cristo, para aproveitar o momento festivo de culto à Mitra.
Natal em janeiro Em países com predominância de cristãos ortodoxos, como a Rússia, o Natal é comemorado em 07 de janeiro, pois a Igreja Ortodoxa segue o calendário juliano (instituído pelo Imperador Júlio César) e não o calendário gregoriano (instituído pelo papa católico Gregório XIII em 1582). Há uma pequena diferença na contagem dos calendários, pois o gregoriano está alguns dias à frente do juliano, ou seja, o dia 07 de janeiro no calendário gregoriano equivale ao 25 de dezembro no calendário juliano. Sendo assim, os cristãos ortodoxos, na verdade, também celebram o Natal em 25 de dezembro. |
Origem de símbolos e tradições do Natal
O Natal como conhecemos hoje possui símbolos e tradições que foram herdadas de diversos povos. Descubra a seguir a origem de alguns dos principais costumes natalinos:
Presépio
O primeiro presépio foi criado por São Francisco de Assis em 1223, na Itália, para recriar a cena do nascimento de Jesus para poder ensinar sobre ela com mais facilidade. Em seguida, a tradição de montar presépios foi adotada por igrejas, catedrais e famílias nobres e, posteriormente, o costume se tornou presente também nas casas de famílias comuns.
Árvore
Os povos germânicos, como os vikings de origem escandinava, homenageavam o solstício de inverno e Odin, o deus supremo da religião nórdica, na festa pagã chamada de Yule. Muitas dessas tradições foram incorporadas posteriormente ao Natal, como a decoração de casas e de árvores que colocavam dentro da residência. A origem da árvore de Natal moderna não é tão clara, mas remete às regiões do Centro-Oeste e Leste europeu.
Papai Noel
A figura do Papai Noel foi inspirada em Nicolau de Myra, bispo da cidade de Myra (região da atual Turquia) no século IV. Ele foi um benfeitor a crianças e necessitados e, após a sua morte, foi canonizado como São Nicolau.
A versão moderna do Papai Noel, sem os adereços religiosos de São Nicolau, foi desenhada pelo americano Thomas Nast em 1862, mas foi apenas a partir de uma campanha publicitária da Coca-Cola em 1931 que o Papai Noel ganhou tamanho destaque nas festividades natalinas e a figura com as roupas vermelhas e o característico gorro com pom-pom tornou-se universal.
Noite de Krampus O Krampusnacht (ou Noite de Krampus) é celebrado em alguns países europeus, como Alemanha e Áustria, no dia 4 de dezembro, véspera do Dia de São Nicolau. Krampus é o espírito maligno com chifres que pune as crianças que não se comportaram durante o ano. Nesse evento, pessoas fantasiadas de Krampus saem às ruas. |

Calendário do Advento
O Tempo do Advento é o período de preparo que antecede o Natal. Os primeiros registros de tradições e rituais durante o Advento incluíam jejum e abstinência praticados na Península Ibérica (Portugal e Espanha) e na região hoje ocupada pela França.
Já o calendário do Advento, que é a contagem regressiva para o Natal, foi criado pelos luteranos alemães, que faziam a contagem escrevendo os dias nas portas de suas casas com giz.
Um dos formatos tradicionais para a contagem é a coroa do Advento, sendo uma coroa de folhas que possui 4 velas para serem acesas, uma em cada domingo que antecede o Natal.
Outro formato é o calendário do Advento, que possui 24 janelinhas, sendo aberta uma janelinha por dia até o Natal a partir do primeiro dia de dezembro. Em alguns calendários, ao abrir a janelinha, encontra-se desenhos e cenas natalinas, em outros há atividades natalinas para serem feitas em família e em outros, mais comerciais, há doces e pequenos presentes para as crianças que esperam ansiosas pelo dia 25.

Tradições natalinas diferentes Algumas celebrações natalinas são bastante específicas de um determinado povo, conheça algumas tradições diferentes das brasileiras: Noruegueses: eles ainda mantém algumas tradições pagãs, como esconder vassouras atrás das portas durante o Natal, para evitar que bruxas e outros espíritos possam voar ao redor de suas casas. Portugueses: algumas famílias portuguesas arrumam lugares à mesa da ceia para o espírito de pessoas já falecidas. |
Ceias natalinas pelo mundo
A Ceia de Natal de cada povo possui suas particularidades, envolvendo comidas típicas, tradições envolvendo esses pratos e pode variar até o dia em que costuma ser realizada, se no dia 24 ou 25 de dezembro. Conheça a seguir comidas natalinas pelo mundo e suas tradições!
Polônia
O Natal na Polônia é um evento bastante simbólico e cheio de tradições. O opłatek é um pão sem fermento, que lembra uma hóstia, estampado com imagem religiosa, que cada pessoa compartilha o seu com os outros familiares antes da Ceia.

República Tcheca
Os tchecos fazem uma grande variedade de biscoitos doces, inclusive na época do Natal. Nesse período, as famílias, e até membros da mesma família, trocam biscoitos para que possam experimentar outros biscoitos.

Noruega
A ceia de Natal na Noruega inclui comidas típicas da região, como costela de porco, costela de cordeiro ou bacalhau, em alguns locais.
Dinamarca
A sobremesa tradicional é o risalamande, um arroz doce gelado com amêndoas picadas e calda de cereja, que pode ser fria ou quente. Na Suécia, Noruega e Finlândia há variações dessa sobremesa, como o sabor da calda, que pode ser também de morango ou framboesa, ou pela adição de frutas.
Nesses países, costuma-se colocar uma amêndoa inteira escondida na sobremesa e, semelhante à tradição francesa do Dia de Reis, quem encontrá-la terá boa sorte e ganha um “presente de amêndoas”, um doce de marzipã, em geral com formato de porco.

Japão
No Japão o cristianismo é uma das religiões minoritárias e por isso o Natal não é considerado feriado. Há famílias que celebram o Natal, mas por causa da dificuldade em encontrar Peru no Japão, na Ceia de Natal come-se frango. Curiosamente, a rede de restaurantes especializada em frangos fritos, KFC (Kentucky Fried Chicken), é um dos principais locais em que os japoneses compram frango para sua Ceia natalina, graças a uma bem-sucedida campanha publicitária na década de 70.
França
A galette des rois é uma torta doce folhada feita no dia 6 de janeiro, na celebração cristã do Dia de Reis. Uma miniatura de rei feita de porcelana é colocada dentro da torta antes de assá-la e aquele que encontrá-la, recebe uma “coroa” de papel.

A bûche de Noël é uma torta natalina doce em formato de tronco, como se fosse um rocambole. A sobremesa surgiu a partir de uma tradição de camponeses que queimavam o tronco de uma árvore frutífera durante o inverno para aquecer e como ritual para trazer boa sorte nas colheitas do ano seguinte. Além de ser consumida na França, ela também é feita na Bélgica, Suíça e em algumas regiões que foram colônias francesas, como Canadá.
Como descobrir o que seu DNA diz
Assim como o Natal, temos uma grande diversidade de origens. Nosso povo como conhecemos hoje conta com a participação de diversas culturas e ancestralidades, incluindo nativos americanos, africanos, asiáticos e europeus. Todos deixaram heranças em nossa língua, sobrenomes e em nossos costumes.
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Apesar de ser uma tradição cristã, que celebra o nascimento de Jesus Cristo, a origem do Natal é pagã. Quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, a Igreja escolheu a data 25 de dezembro como sendo o nascimento de Jesus Cristo, para aproveitar o momento festivo de culto ao deus Mitra.
O primeiro presépio foi criado por São Francisco de Assis em 1223, na Itália, para recriar a cena do nascimento de Jesus para poder ensinar sobre ela com mais facilidade.
Algumas tradições, como a decoração de árvores dentro de casa, vieram de costumes pagãos de povos germânicos praticados no festival de Yule, que homenageava o solstício de inverno e o deus Odin.
A figura do Papai Noel foi inspirada em Nicolau de Myra, bispo da cidade de Myra (região da atual Turquia) no século IV. Ele foi um benfeitor a crianças e necessitados e, após a sua morte, foi canonizado como São Nicolau.