Está no DNA: consumo de álcool

ilustração de dois homens conversando, cada um com um copo de cerveja na mão. Um deles está embriagado pelo consumo de álcool e o outro não.
Por que algumas pessoas bebem mais do que outras? Descubra quais são os fatores que influenciam o consumo de álcool.

O consumo de álcool é uma característica complexa, ou seja, é um hábito que se manifesta como resultado da combinação de fatores genéticos e fatores ambientais. E, tanto pelas diferenças genéticas quanto pelas diferenças culturais, os hábitos de consumo de bebidas alcoólicas mudam de uma população para outra ou mesmo dentro de uma mesma população, dependendo da genética individual e do contexto social em que uma pessoa está inserida.

Algumas pessoas nem sequer fazem o consumo de bebidas alcoólicas, enquanto outras bebem frequentemente. Também varia, de pessoa para pessoa, a quantidade consumida em média, o tipo de bebida alcoólica que mais consome, se sofre mais com efeitos de ressaca e se tem, até mesmo, predisposição ao alcoolismo.

Alcoolismo

O alcoolismo é uma condição médica em que há consumo excessivo de álcool de forma descontrolada, ou seja, a pessoa não consegue limitar ou cessar o seu consumo de bebidas alcoólicas mesmo se este comportamento estiver causando problemas sociais, de saúde ou segurança.

Descubra a seguir fatores biológicos e ambientais que explicam por que algumas pessoas consomem álcool mais do que outras!

Diferenças biológicas para o consumo de álcool

O sexo masculino bebe quantidades maiores de álcool do que o sexo feminino, mas o álcool afeta a saúde do homem e a saúde da mulher de forma diferente: se um homem e uma mulher tiverem o mesmo peso, a mulher sofrerá os efeitos do álcool mais rapidamente e/ou de forma mais acentuada, pois possui um volume menor de sangue no corpo, o que torna o álcool mais concentrado.

Além da diferença entre os sexos, as variações genéticas também explicam por que há pessoas que bebem mais do que outras. Algumas dessas variações genéticas já foram bem estudadas e possuem forte associação com determinados padrões de consumo de álcool mas, de uma forma geral, esse hábito é o resultado da combinação de diversas variações genéticas (herança poligênica) e também de fatores ambientais.

As diferenças genéticas que aumentam ou diminuem a predisposição a consumir mais álcool e até ao alcoolismo estão, por exemplo, nos genes que produzem as enzimas que processam o álcool no fígado e nos genes que modificam a sensibilidade cerebral aos efeitos do álcool. 

ilustração mostrando um cérebro e um fígado, ao lado de um copo de cerveja. O cérebro está embriagado pelo álcool enquanto o fígado metaboliza o álcool.
Metabolismo do álcool

O álcool presente nas bebidas alcoólicas é o etanol. Após ser ingerido, ele é absorvido, cai na corrente sanguínea e assim chega no corpo todo. A alterações emocionais, cognitivas e comportamentais da embriaguez ocorrem pelo efeito do álcool no cérebro, que modifica o funcionamento de moléculas que atuam na atividade neuronal e causa, entre outras reações, relaxamento, sonolência e desinibição.

Já a metabolização do etanol é feita principalmente no fígado. As enzimas presentes nesse órgão transformam o álcool em outras moléculas, sendo uma delas o acetaldeído, que é tóxico para as células. Os sintomas comuns da ressaca são resultado da desidratação causada pelo consumo de álcool e dos efeitos tóxicos dessa molécula.

Algumas variações genéticas fazem com que a pessoa tenha um maior acúmulo de acetaldeído no sangue e, por causa dos seus efeitos desagradáveis, faz com que essa pessoa reduza o seu consumo de álcool. É o que acontece com indivíduos de origens do Leste da Ásia, que frequentemente possuem variações genéticas capazes de aumentar os níveis de acetaldeído de 5 a 20x, e, por isso, apresentam efeitos colaterais como náuseas e o rosto vermelho quando bebem.

Afro-americanos possuem outras variações genéticas com efeitos similares e, como consequência, Leste-asiáticos e Afro-americanos possuem números maiores de abstinentes na população e um menor consumo de bebidas alcoólicas por semana (entre os indivíduos que bebem) do que as ancestralidades caucasiana e latino-americana.

Outras variações genéticas podem fazer com que a pessoa tenha uma resposta mais acentuada ao efeito sedativo do álcool no cérebro, também reduzindo o consumo de álcool, mas há outras variações genéticas que aumentam o sistema de recompensa do cérebro e, assim, a pessoa é estimulada ao maior consumo.

Diferenças ambientais para o consumo de álcool

Além das variações genéticas, outros fatores podem influenciar se uma pessoa consome álcool, o quanto ela bebe e a predisposição ao alcoolismo, como por exemplo: 

  • Cultura: em alguns povos é parte do costume beber socialmente em grande quantidade, enquanto outros povos tradicionalmente bebem pouco.
  • Religião: em muitas populações, o vínculo religioso diminuiu as chances de bebida em excesso ou problemas decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas. 
  • Hábitos de consumo de bebidas alcoólicas na família: dependendo do padrão de consumo de álcool na família, o efeito da variante genética que diminui o consumo de álcool pode ser anulado ou aumentado.
  • Exposição a eventos traumáticos na infância: crianças que sofreram abuso sexual, emocional ou físico possuem um risco maior de desenvolver alcoolismo na vida adulta.

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O que influencia o consumo de bebidas alcoólicas?

O consumo de álcool é uma característica complexa, ou seja, é um hábito que se manifesta como resultado da combinação de fatores genéticos e fatores ambientais.

Como o álcool causa embriaguez?

A alterações emocionais, cognitivas e comportamentais da embriaguez ocorrem pelo efeito do álcool no cérebro, que modifica o funcionamento de moléculas que atuam na atividade neuronal e causa, entre outras reações, relaxamento, sonolência e desinibição.

Por que a ressaca causa mal-estar?

As enzimas presentes no fígado transformam o álcool em outras moléculas sendo uma delas o acetaldeído, que é tóxico para as células. Os sintomas comuns da ressaca são resultado da desidratação causada pelo consumo de álcool e dos efeitos tóxicos dessa molécula.

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