O drama ‘Depois do Universo’ conta a história de Nina, uma pianista com lúpus, uma doença autoimune, e que precisa realizar um transplante de rim.
Romance proibido, música clássica, uma doença autoimune e transplante renal: esses são os principais componentes da dramaturgia brasileira Depois do Universo lançada em 2022. O filme retrata o envolvimento de Nina, uma pianista com lúpus que precisa fazer um transplante renal, e Gabriel, médico que faz parte da equipe que cuida dela.
Nina e Gabriel se conhecem em uma estação de trem, mas é no hospital que eles passam a interagir um com o outro: ela como paciente e ele como seu médico.
Em meio às suas sessões de hemodiálise e à espera de um transplante, Nina vê seu sonho de se tornar pianista da Orquestra Sinfônica de São Paulo se fragmentar como seu corpo atingido pelo lúpus. Nesse momento, Gabriel ajuda Nina a superar as dificuldades da sua doença, explorar novas experiências e a lutar por seu objetivo.
O romance é barrado pelo dilema ético em torno da relação amorosa entre médico e paciente e pela piora da saúde de Nina.
Relacionamento amoroso entre médico e paciente: Segundo o Código de Ética Médica, é proibido ao médico se aproveitar de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza. Como o médico ocupa um “lugar de poder” em relação ao paciente, é considerado antiético o relacionamento, mesmo quando consentido pelo paciente. |
Misturando amor, dilemas éticos e com o contexto de uma doença grave, o filme retrata o lúpus, alguns dos seus sintomas e a luta de pacientes que precisam de transplante.
O que é Lúpus?
O lúpus é uma doença em que o sistema imunológico ataca células e tecidos saudáveis por engano, causando inflamação crônica. Em pessoas saudáveis, as células do sistema imune nos protegem contra infecções, como a malária, e até do câncer, nos impedindo de ficar doentes.
A inflamação causada pelo lúpus danifica muitas partes do corpo, causando sintomas como fraqueza muscular, queda de cabelo, cansaço e manchas vermelhas e escamosas na pele.
Cerca de 70% a 90% das pessoas que têm lúpus são mulheres em idade fértil, contudo, crianças, homens, idosos e até mesmo recém-nascidos também podem ser afetados.
Tipos de Lúpus
Existem dois principais tipos de lúpus:
- Lúpus Cutâneo: pessoas com a doença possuem apenas manchas na pele, geralmente avermelhadas, que aparecem nas áreas que ficam expostas à luz solar: rosto, orelhas, colo e nos braços.
- Lúpus Sistêmico: pessoas com a doença têm um ou mais órgãos internos afetados, como rins, coração, pulmões, vasos sanguíneos e cérebro.

Transplante de órgãos: como a genética influencia
O transplante é um procedimento que consiste na reposição de tecidos ou órgãos de uma pessoa doente (receptor) por outro tecido ou órgão saudável de um doador vivo ou que morreu recentemente.
Para que o transplante seja bem sucedido, é necessário que ambos os envolvidos tenham o mesmo tipo sanguíneo (A, B, O, AB) e uma compatibilidade HLA (Human Leukocyte Antigen ou Antígeno Leucocitário Humano).
HLAs são estruturas presentes nas células que ajudam o sistema imunológico a reconhecer o que faz parte do nosso corpo do que não faz. HLAs são formados por genes que possuem muitas variantes genéticas, isso significa que um gene pode produzir diferentes combinações de proteínas que, neste caso, estão presentes na superfície das células formando um padrão único em cada pessoa.
Como esse padrão é muito específico para cada pessoa, o “match” genético é muitas vezes difícil de ser encontrado, principalmente para o transplante de medula óssea, que a compatibilidade precisa ser 100%.
Leia mais sobre outro tipo de “match” genético: a genética do amor.
Quanto maior a compatibilidade maior a chance de sucesso no transplante, mas alguns órgãos sólidos podem aceitar menor percentual de similaridade, como o rim que a personagem Nina precisava. Nesse caso, há relatos de transplantes bem-sucedidos com compatibilidade de 75% entre as pessoas.
Mesmo assim, sempre há chances da pessoa que recebeu o transplante rejeitar o tecido ou órgão doado, isso acontece porque, com o passar do tempo, o sistema imunológico descobre que há um corpo estranho dentro do organismo. Para evitar que isso aconteça, pessoas transplantadas tomam medicamentos que reduzem a atividade do sistema imunológico, os imunossupressores.
Existe alternativa para quando não se encontra um doador compatível?
A tecnologia avançou muito durante os últimos anos, e com isso, uma nova esperança para pessoas que precisam de transplante de órgãos está surgindo: o xenotransplante.
Xenotransplantes são procedimentos que envolvem a transferência de um órgão de uma espécie para outra. Já existem porcos geneticamente modificados para serem mais compatíveis com humanos utilizando a tecnologia CRISPR de edição de DNA.
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