Está no DNA: Bronzeamento

ilustração de uma pessoa sentada em uma cadeira de praia, embaixo de um guarda-sol
Algumas pessoas ficam bronzeadas com muita facilidade, enquanto outras ficam apenas com a pele queimada e vermelha. Descubra o que seu DNA diz!

Em geral as peles mais claras tendem a ficar mais queimadas e vermelhas quando expostas ao sol sem proteção, enquanto as peles mais escuras se bronzeiam mais facilmente. Porém, há muita variabilidade na capacidade de bronzeamento, e por isso essa característica não depende apenas da cor de pele ou da etnia. Entenda a seguir as bases genéticas que explicam por que você fica com a pele super bronzeada ou super vermelha quando toma sol.

Bases genéticas do bronzeamento

Algumas pessoas conseguem o bronzeamento perfeito com a ajuda do DNA, enquanto outras precisam recorrer aos autobronzeadores. A capacidade de bronzeamento da pele tem herança poligênica, ou seja, muitos genes estão envolvidos na determinação dessa característica.

Pesquisas para descobrir a contribuição da genética no bronzeamento da pele revelaram que alguns genes associados com bronzeamento e sensibilidade ao sol também estão associados à pigmentação de cabelos, olhos e pele.

Um estudo mais recente analisou o genoma de quase 180 mil pessoas de ancestralidade europeia e encontrou novas variações genéticas associadas ao bronzeamento da pele, aumentando a lista para 20 genes relacionados a essa característica. 

As pesquisas também verificaram que alguns dos genes associados à capacidade de bronzeamento também estão associados ao aumento de risco de câncer de pele

Fototipos

A escala Fitzpatrick classifica os fototipos, ou seja, os tipos de pele de acordo com a quantidade de melanina na pele, capacidade de bronzeamento, sensibilidade e vermelhidão quando expostas ao sol. A classificação inclui 6 fototipos, sendo que os primeiros fototipos costumam ser peles mais claras, enquanto os últimos fototipos são peles mais escuras.

FototipoQueimaCapacidade de bronzeamento
ISempreNunca
IISempreMuito pouco
IIIModeradamenteModeradamente
IVPoucoSempre
VRaramenteSempre
VIRaramenteTotalmente pigmentada

Existem dois tipos de melanina: a eumelanina (pigmento preto-marrom) e a feomelanina (pigmento vermelho-amarelo), que fazem parte da determinação da cor dos olhos, da pele e dos cabelos. A eumelanina é mais eficiente em bloquear a radiação UV do que a feomelanina, e por isso, quanto menos eumelanina, como é o caso das peles mais claras, mais sensível aos danos causados pela exposição à radiação solar.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta que, independente do fototipo, todas as pessoas devem tomar cuidado com a exposição solar, pois os danos causados pela radiação UV, como o aumento do risco de câncer de pele, podem ocorrer mesmo nos fototipos mais elevados.

Cor de pele e seleção natural

O continente africano é o berço da nossa espécie, Homo sapiens. Há cerca de 80 mil anos começaram as primeiras migrações humanas saindo da África em direção à Ásia e depois à Europa. Da Ásia, as migrações também seguiram para Oceania e para as Américas, onde deram origem aos primeiros brasileiros.

Durante a nossa evolução, diferentes cores de pele foram selecionadas por estarem melhor adaptadas a ambientes diversos: enquanto o excesso da radiação pode causar danos às células, ao DNA e também destruir o ácido fólico, nutriente essencial para o desenvolvimento embrionário, a falta da radiação ultravioleta pode causar deficiência de vitamina D, essencial para absorção de cálcio e fósforo, entre outras funções no organismo.

Assim, as peles mais escuras foram selecionadas nos ambientes com maior insolação, como ocorre em nosso local de origem, pois protegem mais contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta e contra a deficiência de ácido fólico, enquanto nos locais de menor insolação, as peles mais claras foram selecionadas por conseguirem absorver radiação suficiente para a produção de vitamina D.

Como a pele bronzeia

O bronzeamento ocorre através da pigmentação por melanina e funciona como uma resposta à exposição solar para proteger a pele de novos danos causados pela radiação UV. 

Ilustração de uma mulher de costas e um detalhe das células da pele, mostrando a melanina sendo produzida pelos melanócitos

A radiação solar estimula a produção de substâncias que, por sua vez, estimulam a síntese de melanina pelas células chamadas de melanócitos e o armazenamento dessa molécula pelos queratinócitos, células que estão na camada mais externa da pele. 

Os raios UV também podem causar inflamação e queimadura na pele, incluindo os efeitos de vermelhidão e sensibilidade no local. A pele “descasca” quando a dose de radiação recebida ultrapassa o limite de danos considerado aceitável aos queratinócitos e essas células entram em um processo de morte celular programada, sendo eliminadas do organismo.

Além do bronzeamento, o que mais está no seu DNA?

Você pode descobrir o que seu DNA diz sobre o bronzeamento da sua pele: somente queima e nunca fica bronzeada, fica levemente ou ocasionalmente bronzeada, fica moderadamente bronzeada ou se fica muito bronzeada!  

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Todo mundo consegue um bronzeamento natural?

A genética influencia a capacidade de bronzeamento da pele: há tipos de peles que se bronzeiam mais facilmente, enquanto outros tipos de pele nunca ficam bronzeadas e apenas ficam queimadas. Porém, independente do fototipo, é importante manter os cuidados de proteção em relação à exposição solar.

Qual a base genética do bronzeamento?

A capacidade de bronzeamento da pele tem herança poligênica, ou seja, muitos genes estão envolvidos na determinação dessa característica. Alguns genes associados com bronzeamento também estão associados à pigmentação de cabelos, olhos e pele e ao risco de câncer de pele.

Como acontece o bronzeamento da pele?

O bronzeamento ocorre através da pigmentação por melanina e funciona como uma resposta à exposição solar para proteger a pele de novos danos causados pela radiação UV.

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