A calvície é uma condição caracterizada pela queda e diminuição do número de fios de cabelos no couro cabeludo. Apesar de ser mais comum em homens, também afeta mulheres, e pode ou não ser definitiva.
Se você tem familiares com calvície já deve ter se perguntado se um dia você também será calvo. Mas será que existe uma causa genética para a calvície? É possível saber qual a sua tendência para essa condição? Descubra nesse post!
O que causa a calvície?
Diversas causas podem levar à queda dos cabelos: fatores genéticos, uso de medicamentos, incluindo tratamentos quimioterápicos, intoxicação por metais, questões hormonais, anomalias na estrutura que forma o cabelo, estresse psicológico ou fisiológico (como infecções virais), deficiências nutricionais, doenças autoimunes, gestação, envelhecimento, entre outras causas.
Como o fio de cabelo cresce? Cada fio de cabelo cresce dentro de uma estrutura chamada folículo capilar, que tem a forma de uma pequena bolsa, por cerca de 2 a 6 anos. Depois dessa fase de crescimento, o fio para de crescer e entra em uma fase de repouso, que no total dura alguns meses, culminando com sua queda. Depois, o ciclo de crescimento volta a acontecer para a formação de um novo fio. Assim, nossos fios se renovam diariamente. O número pode variar de pessoa para pessoa, mas cerca de 50 a 100 fios de cabelo caem de nossa cabeça por dia. |
Calvície influenciada por hormônios
A alopecia androgenética, a forma mais comum de calvície, é relacionada aos andrógenos, hormônios – como a testosterona – que são importantes para diversas funções biológicas tanto nas pessoas do sexo masculino quanto nas pessoas do sexo feminino, mas atuam principalmente no desenvolvimento sexual dos homens e no crescimento de pelos e de cabelos.
Essa forma de calvície acontece pela perda progressiva dos cabelos e por um afinamento do folículo, levando ao crescimento de fios mais curtos e mais finos. Além disso, ocorre uma demora no início de um novo ciclo de crescimento dos fios.
A relação dos andrógenos com esse tipo de calvície é bem estabelecida nos homens, mas em mulheres ainda não é totalmente compreendida.
Nos homens, algumas regiões da cabeça possuem folículos mais sensíveis aos andrógenos, assim altos níveis desses hormônios nessas áreas reduzem o tempo de crescimento dos cabelos e levam ao afinamento do folículo. Nesses casos, a calvície se inicia geralmente logo após a puberdade, quando há uma produção intensa dos hormônios masculinos, sendo progressiva e podendo ter diversos níveis de severidade. As têmporas (conhecidas como entradas) e o topo da cabeça (conhecida como coroa) tendem a ser as regiões mais atingidas.

Já nas mulheres, esse padrão de calvície é mais comum após a menopausa, e acomete geralmente o topo da cabeça, onde os cabelos ficam mais finos e em menor quantidade (mais ralos). No entanto, não se sabe exatamente qual o papel dos andrógenos na calvície feminina ou se há influência de outros hormônios, já que a menopausa é um período de instabilidade hormonal.
A alopecia androgenética afeta cerca de 80% dos homens e 50% das mulheres em populações caucasianas, sendo menos comum em populações asiáticas e africanas. Apesar de ser considerada uma condição benigna, ela pode levar a problemas psicológicos, pela diminuição da autoestima.
Com o passar dos anos e o aumento no entendimento do que é a alopecia androgenética e de suas causas, passou-se a utilizar também outros termos para nomear essa condição, como perda de cabelo ou calvície de padrão masculino e perda de cabelo ou calvície de padrão feminino. No entanto, ainda é comum ver ambos os termos na literatura. |
Qual a relação da calvície com a genética?
A alopecia androgenética é uma característica poligênica, ou seja, influenciada por alterações presentes em vários genes. Assim, não existe um único gene que influencia a tendência de uma pessoa ser calva.
Nos homens, um dos genes que é associado à calvície é o que fornece instruções para um receptor de andrógenos. Variações nesse gene podem aumentar o número de receptores de andrógenos presentes nos folículos, aumentando a resposta aos hormônios e, por consequência, influenciando na perda de cabelo.
Nas mulheres, no entanto, a influência desse gene, assim como dos hormônios andrógenos, não é totalmente conhecida ainda.
Variantes presentes em outros genes relacionados à formação da estrutura capilar e desenvolvimento do fio do cabelo também já foram identificados como associados à calvície.
Como a calvície é herdada?
Por se tratar de uma característica influenciada por várias alterações em genes que vêm de ambos os pais, a calvície é herdade de maneira complexa. No entanto, se seu pai ou mãe biológicos são calvos, ou se outras pessoas na sua família têm calvície, existe uma chance de você também ter.
Muitas pessoas acreditam que um gene da calvície é passado exclusivamente da mãe para os filhos. Na verdade, apesar de um dos genes relacionados à calvície estar localizado no cromossomo X, ele não é o único: variantes comuns presentes nos cromossomos sexuais e nos demais cromossomos explicam as diferenças que vemos no padrão de queda de cabelo das diferentes pessoas.
Além do papel dos genes, a alopécia também é uma característica complexa, ou seja, que é influenciada pelos fatores ambientais e pela combinação desses com os fatores genéticos.
Mitos e verdades sobre a calvície
Entenda a verdade por trás de alguns mitos sobre a calvície!
Mito: somente pessoas mais velhas têm calvície
A alopécia androgenética pode começar nos homens logo após a puberdade, o que é bem longe das idades mais avançadas. No entanto, geralmente, quanto antes o quadro se inicia, mais severo ele fica com a idade, o que pode fazer com que algumas pessoas associem calvície apenas aos mais velhos.
Mito: usar boné causa calvície
O uso do boné não causa calvície, mas é bom ficar atento: se o boné, chapéu ou qualquer outro adereço de cabelo deixar o couro cabeludo abafado, com excesso de oleosidade e sujo, isso pode levar à queda de cabelo.
Mito: calvície não tem tratamento
Entender qual a causa da calvície ajuda a estabelecer formas de tratar e diminuir o progresso dessa condição. Atualmente existem medicamentos, shampoos e outras abordagens terapêuticas que podem ajudar a reduzir a queda de cabelo, até na calvície genética.
Todo tratamento deve ser recomendado e acompanhado por um médico.
Mito: é impossível saber a chance de se ter calvície
Com o meuDNA Assinatura você tem acesso ao Perfil, uma inovadora análise genética que leva em conta diversas variantes no seu DNA e que informa qual a sua chance de ter calvície, comparada à população. Além disso, no Perfil, você também tem acesso ao que seu DNA diz sobre seus hábitos, personalidade, preferências de consumo e outros traços físicos.
Assine o meuDNA e saiba tudo sobre suas Origens, Saúde e Perfil!

meuDNA revisa
A calvície é uma condição caracterizada pela queda e diminuição do número de fios de cabelos no couro cabeludo.
Diversas causas podem levar à queda dos cabelos: fatores genéticos, uso de medicamentos, incluindo tratamentos quimioterápicos, intoxicação por metais, questões hormonais, anomalias na estrutura que forma o cabelo, estresse psicológico ou fisiológico (como infecções virais), deficiências nutricionais, doenças autoimunes, gestação, entre outras causas.
A alopecia androgenética, o tipo de calvície mais comum, é uma característica poligênica, ou seja, influenciada por alterações presentes em vários genes. Assim, não existe um único gene para a calvície.