A hereditariedade é a transmissão de características dos pais para os filhos, ou seja, de geração em geração. As bases da hereditariedade foram propostas pelo monge austríaco Gregor Mendel, nas conhecidas Leis de Mendel ou Leis da hereditariedade.
Atualmente, graças aos avanços científicos que ocorreram ao longo de anos, sabemos substancialmente mais sobre a hereditariedade e a genética do que Mendel poderia saber, embora seus estudos representem um marco importantíssimo na ciência.
Isso, no entanto, não impede que exista muita informação confusa a respeito da hereditariedade, que você pode inclusive já ter visto. Conheça a seguir 10 mitos sobre a hereditariedade e genética.
Como a informação genética é passada de pais para filhos? É através da junção dos gametas, espermatozóide e ovócito secundário (óvulo), que as informações genéticas são transmitidas ao longo das gerações.Nos gametas feminino e masculino da espécie humana estão contidos 23 cromossomos que guardam a informação genética que será transmitida aos filhos. |
Mito 1: Apenas as características físicas são hereditárias
O que é verdade: traços físicos, como altura, cor de cabelo, dos olhos, da pele, bem como traços de personalidade e comportamento são hereditários. O DNA guarda as informações para todas essas características, sejam elas observáveis ou não.
Além disso, o funcionamento do organismo também é influenciado pelas informações presentes no DNA, e, por isso, algumas doenças genéticas, como o câncer, também podem ser passadas de geração em geração.
Mito 2: As características hereditárias não mudam ao longo da vida
O que é verdade: não se pode mudar os genes que se recebe dos pais, mas características hereditárias também são influenciadas por fatores ambientais e de estilo de vida, como dieta, prática de exercícios físicos e tabagismo.
Isso significa que nem sempre a informação que está contida nos genes que você herdou corresponderá exatamente ao que é observado em você.
Genótipo e fenótipo
Genótipo é a composição genética de uma pessoa, já fenótipo são as características que podem ser observadas ou medidas, como características físicas, fisiológicas e comportamentais. O fenótipo é o resultado de uma complexa interação do genótipo com os fatores ambientais.
Mito 3: Os genes são o único fator determinante nas características hereditárias
O que é verdade: as alterações epigenéticas também podem ser passadas de geração em geração. As alterações epigenéticas podem ser, por exemplo, moléculas que se ligam à fita de DNA, ativando ou desligando a função de um gene em específico, regulando os processos celulares.
Mito 4: Herdamos exatamente a mesma quantidade de informação genética de cada um dos pais.
O que é verdade: o DNA mitocondrial, material genético que fica dentro das mitocôndrias, é herdado apenas da mãe, já que após a fecundação o DNA mitocondrial paterno é degradado.
Além disso, se pensarmos apenas no DNA nuclear, os homens têm uma proporção um pouco maior de seu DNA correspondente ao DNA materno. Isso acontece porque homens recebem o cromossomo Y do pai e o cromossomo X – que é maior em tamanho e em número de genes – da mãe.
Mito 5: Mudanças físicas são transmitidas de geração em geração
O que é verdade: apenas as informações presentes no DNA ou as marcas epigenéticas são passadas de geração em geração. Assim, se você cortar ou pintar o cabelo, ou realizar cirurgias plásticas para alterar sua aparência física, isso não será passado aos seus descendentes.
Mito 6: Apenas algumas pessoas têm genes que causam doenças
O que é verdade: todos nós temos os mesmos genes, mas somente algumas pessoas têm genes com as alterações que causam uma doença genética.
Assim, todos temos, por exemplo, os genes BRCA1 e BRCA2, mas algumas pessoas têm esses genes com variações que conferem um risco aumentado no desenvolvimento de câncer de mama e ovário.
Mito 7: Um casal sem doenças genéticas nunca terá um filho com uma doença hereditária
O que é verdade: se o casal tiver mutações em seu DNA que, quando combinadas causam uma doença, existe a chance de 25% de nascer um filho com uma condição hereditária. São os casos das doenças com padrão de herança autossômica recessiva.
Além disso, mesmo que nenhum dos pais tenha qualquer alteração genética associada à uma doença, ainda existe a chance de nascer um filho com uma mutação genética ocorrida após a fecundação.
Dependendo do caso, apenas um gene alterado já é o suficiente para causar uma doença.
Mito 8: Existe um gene para cada característica sua
O que é verdade: em alguns casos um gene determina uma característica, mas na herança poligênica vários genes combinados afetam um característica em específico (e isso é o que acontece na maioria das vezes). Esse é o caso de características como a cor dos cabelos, pele e altura.
Existem também situações em que um gene influencia mais de uma característica.
Mito 9: Um casal com olhos castanhos só poderá ter filhos com olhos castanhos
O que é verdade: a cor dos olhos, assim como a cor dos cabelos, é uma característica poligênica, portanto, influenciada por diversos genes. Assim, não existe um gene para o olho castanho ou um gene para o olho azul: variações presentes em vários genes e seus efeitos combinados produzem a cor dos olhos.
Assim, um casal de olhos castanhos pode ter variações genéticas que, passadas a um filho, resultam em olhos de outra cor.
Saiba mais sobre a genética da cor dos olhos neste post.
Mito 10: não é possível saber a sua composição genética
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A hereditariedade é a transmissão de características dos pais para os filhos, ou seja, de geração em geração. As bases da hereditariedade foram propostas pelo monge austríaco Gregor Mendel, nas conhecidas Leis de Mendel ou Leis da hereditariedade.
Genótipo é a composição genética de uma pessoa, já fenótipo são as características que podem ser observadas ou medidas, como características físicas, fisiológicas e comportamentais. O fenótipo é o resultado de uma complexa interação do genótipo com os fatores ambientais.
Não, apenas as informações presentes no DNA ou as marcas epigenéticas podem ser passadas de geração em geração.