Está no DNA: altura

Uma mãe mede a altura de seu filho.
Você sabe quais fatores influenciam na altura de uma pessoa? E se a população mundial está mais alta ou mais baixa? Confira!

Você já se perguntou o que determina a sua altura? Assim como o consumo de álcool, a altura é uma característica complexa, ou seja, é o resultado de uma interação de fatores genéticos com fatores ambientais. 

Se na sua família as pessoas são altas, é muito provável que você também seja alto, mas isso não significa que apenas os genes que você compartilha com seus parentes influenciaram na sua altura. Sua alimentação, prática de atividades físicas e outros fatores em combinação com sua genética tiveram papel importante nessa característica.

Entenda como os fatores genéticos e os fatores ambientais têm relação com a altura e descubra se a população mundial ficou mais alta ou ficou mais baixa com o passar do tempo.

Altura e os fatores genéticos

Sabemos que alterações genéticas podem causar condições raras que influenciam drasticamente a altura de uma pessoa, como, por exemplo, o nanismo. Mas por muito tempo, os cientistas não conseguiam explicar quais outros fatores poderiam influenciar na estatura de um indivíduo.

Com os avanços no estudo do genoma humano foi possível entender que, diferentemente de outras características e condições que chamamos de monogênicas, não é apenas um gene que influencia na altura de uma pessoa: na verdade, é a combinação de inúmeras variações genéticas, com efeitos e intensidades diferentes, que somadas influenciam nessa característica. 

Quando uma característica, como a altura, é determinada por diversas variações genéticas presentes no DNA, dizemos que é uma característica de herança poligênica.  

Segundo os cientistas, cerca de 80% da altura pode ser explicada por fatores genéticos, ou seja, pelo efeito combinado dessas milhares de variantes genéticas herdadas dos pais. 

Em 2022, cientistas publicaram um estudo que envolveu os dados genéticos de mais de 5 milhões de participantes e que encontrou mais de 12 mil variantes no DNA que têm associação com a altura de uma pessoa. 

De acordo com os pesquisadores, as variantes genéticas encontradas nesse estudo podem explicar de 10% a 40% de toda a variação de altura encontrada entre as pessoas, dependendo da sua ancestralidade.

Interessantemente, algumas dessas variações encontradas pelo estudo não estavam aleatoriamente espalhadas por todo o genoma, mas concentradas em regiões próximas a genes específicos, por exemplo, aqueles genes que reconhecidamente atuam regulando o crescimento dos ossos do esqueleto.

Como nós crescemos?

O hormônio do crescimento, produzido por uma glândula no cérebro, é responsável, como sugere o nome, pelo nosso crescimento em altura. 
Ao chegar no fígado, este hormônio estimula a produção de outra substância que, por sua vez, age principalmente nos tecidos cartilaginosos e ósseos localizados nas pontas dos ossos longos. Nesses locais, a ação hormonal estimula a divisão celular mitose, fazendo com que as células se multipliquem e o osso se alongue.
O hormônio de crescimento é produzido ao longo de toda a nossa vida, pois ele é um hormônio que regula outras funções importantes do corpo, mas sua influência na altura se dá em fases da infância e adolescência, quando acontecem os picos de crescimento.

Diferença de altura entre homens e mulheres

Na média mundial, pessoas do sexo masculino tendem a ser mais altas do que pessoas do sexo feminino. Mas exatamente o que está por trás dessa diferença biológica ainda é motivo de estudo por parte dos cientistas.

Variações hormonais naturais, na concentração da testosterona e do estrogênio, por exemplo, genes específicos nos cromossomos sexuais e diferenças na produção de algumas proteínas podem ter relação com o que é observado entre a altura dos homens e mulheres.

Altura e os fatores ambientais

Além das informações que estão no DNA, outros fatores, como a prática de exercícios físicos, a qualidade do sono e principalmente alimentação influenciam na altura de uma pessoa. Saiba mais sobre esses fatores. 

Comer para poder crescer

É preciso uma considerável quantidade de energia e nutrientes para se crescer. Assim, consumir alimentos saudáveis durante as fases de crescimento é importante para que se tenha a matéria-prima necessária para aumentar em estatura e atingir todo seu potencial genético. 

Por outro lado, uma alimentação inadequada, principalmente com alimentos pobres em proteínas, minerais e vitaminas A e D, pode fazer com que uma criança não cresça adequadamente. Além disso, uma criança ou adolescente pouco nutrido pode ter infecções frequentes, que reduzem a quantidade de nutrientes e energia disponíveis para o crescimento.

A altura média da população mudou com o tempo?

Sim. Na média, tanto homens quanto mulheres estão mais altos do que há 100 anos, principalmente em países desenvolvidos, e um dos motivos é o aumento da oferta de alimentos. 
Os mecanismos biológicos por trás de como nosso corpo percebe que está nutricionalmente bem para crescer não eram bem compreendidos até um tempo atrás. 
Em 2021, um estudo mostrou que o gene MC3R produz um receptor localizado em células específicas do cérebro que recebe sinais que indicam a condição nutricional do corpo. Se o corpo está bem nutrido, como resposta, o receptor sinaliza para a produção de substâncias que induzem o crescimento.

Exercícios e sono também influenciam na altura

Durante o sono, na sua fase mais profunda, ocorre um pico de liberação do hormônio do crescimento, assim, uma boa noite de sono é essencial para que a criança cresça e atinja a sua altura esperada.

Assim como o sono, a prática de exercícios físicos também desempenha um papel importante principalmente nas fases de crescimento, já que após realizar uma atividade física intensa o hormônio do crescimento também é liberado. 

Altura, genética e ancestralidade

Populações de diferentes ancestralidades tendem a apresentar altura média distinta. Além dos fatores genéticos que são particulares de cada população, outros aspectos presentes em cada país podem contribuir para a diferença na altura média observada entre populações.

Dentre esses aspectos, destacam-se os socioeconômicos, relacionados ao acesso a alimentos nutritivos e a um sistema de saúde e de saneamento básico de qualidade, que diminuem a incidência de doenças.

No Brasil, a altura média do homem adulto é de 1,73 m, enquanto que na Holanda é de 1,82 m, sendo considerada a maior média do mundo. Já para as mulheres, a altura média da brasileira adulta é de 1,60 m, enquanto que na Letônia, considerada a maior média mundial, é de 1,69 m.
Fatores que influenciam na determinação da altura: genéticos e ambientais.
A altura de uma pessoa é influenciada tanto por fatores ambientais/de estilo de vida, quanto por fatores genéticos, esses últimos contribuindo com cerca de 80%.

O DNA é uma chave para entender suas características 

A alimentação, a prática de exercícios físicos e o sono podem influenciar na altura que uma pessoa vai ter, mas grande parte dessa característica está no DNA! E no seu DNA também está a chave para entender sua ancestralidade e o seu risco para desenvolver diversas doenças, como o câncer hereditário.

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O que determina a altura de uma pessoa?

A altura é uma característica complexa determinada tanto por fatores genéticos quanto por fatores ambientais, como a alimentação, a qualidade do sono, prática de exercícios físicos e condições de saúde no geral.

Quanto a genética influencia na altura de uma pessoa?

Cerca de 80% da altura de uma pessoa é determinada pelos fatores genéticos, ou seja, pelas milhares de variantes que ela tem em seu DNA.

O que é importante para uma criança crescer adequadamente?

Alimentação, considerando principalmente alimentos ricos em vitaminas A, D e proteínas, e uma boa rotina de sono e exercícios físicos, que ajudam na liberação do hormônio do crescimento.

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