O continente africano carrega histórias de alguns líderes que impactaram gerações e outras civilizações. Saiba mais sobre os reis e rainhas africanos!
Quando pensamos em reis e rainhas, geralmente, a imagem que projetamos é de pessoas brancas vestidas com trajes de frio e com coroas de ouro e diamante: uma simbologia da realeza européia.
Isso geralmente ocorre porque a influência da realeza de outros continentes, como a africana, foi apagada durante a época do colonialismo e durante a nossa formação escolar pouco é falado sobre a riqueza de outros continentes.
Descubra nesse post a história de grandes reis e rainhas africanos!
Mansa Musa: o homem mais rico do mundo
Mansa Musa foi imperador do Reino Mali e considerado o homem mais rico do mundo.
Seu reinado, no século 14, ficou conhecido como a idade de ouro do Império Mali, cuja expansão foi impulsionada principalmente pela abundância de riquezas naturais.
A riqueza de Mansa Musa vinha do controle total da extração de ouro na região, tendo os recursos, altamente valorizados no século 14, quase ilimitados. Por isso, ele abastecia boa parte da Europa, África e Oriente Médio.
A imensa fortuna de Mansa Musa só ficou famosa fora do Reino Mali a partir de 1324, quando o imperador fez uma histórica peregrinação até Meca, a cidade sagrada dos muçulmanos, localizada na Arábia Saudita.

Para chegar ao destino, ele e sua imponente caravana percorreram mais de 6 mil quilômetros, fazendo doações de ouro ao longo do caminho.
A abundância de ouro durante a passagem de Mansa Musa pelo Egito causou uma grave crise inflacionária, que desvalorizou a moeda local. A economia levou anos para se recuperar.
Cleópatra: a rainha do Egito
Cleópatra era filha do faraó Ptolomeu XII Auletes, tinha ascendência grega e africana, foi instruída sobre costumes gregos e filosofia, e tinha o domínio de diversas línguas.
Quando seu pai morreu, o Egito era dependente da república romana e apresentava diversos conflitos econômicos. Aos 18 anos, Cleópatra se tornou co-regente do Egito junto com seu irmão mais novo, Ptolomeu XIII. Contudo, a disputa de poder entre os dois desencadeou uma guerra civil no país, causando mais instabilidade.
Depois de conflitos políticos entre soldados romanos e Ptolomeu XIII, Cleópatra viu uma oportunidade de recuperar o controle do Egito através de uma aliança com Júlio César, ditador romano na época. Assim, Cleópatra assumiu o trono do Egito aos 19 anos. Cleópatra e Júlio César estabeleceram um relacionamento político e amoroso, culminando no início do fortalecimento da economia egípcia e em um filho, chamado Cesário.
Após a morte de Júlio César, o general romano Marco Antônio se tornou o homem mais poderoso de Roma, que também se relacionou com a rainha Cleópatra. Nessa nova união, Cleópatra conseguiu mais autonomia para o Egito e teve três filhos com o general: Alexandre Hélio, Cleópatra Selene e Ptolomeu Filadelfo.
Sob influência de Cleópatra, Marco Antônio dividiu as terras conquistadas pela legião romana entre as três crianças e posteriormente concedeu à Cleópatra o título de Rainha dos Reis, e a Cesário, o de Rei dos Reis.
Com 20 anos no poder, Cleópatra promoveu o desenvolvimento de artes, literatura, filosofia e ciência. Também patrocinou a construção de templos e monumentos em homenagem aos deuses egípcios e foi uma grande apreciadora da literatura grega. |
Marco Antônio tirou sua própria vida após sua frota ser encurralada em uma batalha em torno do poder romano. Após a morte de seu amante, Cleópatra também tirou a própria vida aos 39 anos.
Você sabia?
As agojie eram uma força de elite feminina do exército do Reino do Daomé, atual Benin, formado exclusivamente por guerreiras. Também chamada de Amazonas de Daomé, as agojie formaram um exército composto por cerca de 6 mil mulheres conhecidas por sua bravura e agilidade nas lutas. O exército serviu como inspiração para a guarda real feminina nos filmes A Mulher Rei e Pantera Negra.
Yaa Nana Asantewaa: a rainha-mãe da nação Ashanti
A nação Ashanti, região hoje correspondente a Gana, era considerada uma das sociedades mais igualitárias em termos de poder em relação ao sexo.
Yaa Nana Asantewaa era mãe do rei Ejisu, que governava a região. Dentro dessa cultura Ashanti, existia o chamado “Trono de Ouro” (Asikadwa), um objeto sagrado, símbolo de poder e união ocupado pelo rei. Governantes distritais, mães e soberanas, cujo poder e influência estavam ligados aos do rei, também tinham participação na política e tomada de decisões do povo. Foi esse o caso da rainha-mãe Yaa Nana Asantewaa.

Desde antes do século XIX a ocupação britânica na África Ocidental já estava presente, resultando em diferentes conflitos entre os povos, incluindo os Ashanti. Em 1896, os britânicos capturaram o rei Prempeh I e Yaa Asantewaa tornou-se regente.
O governador da Costa do Ouro exigiu que lhe entregasse o Trono de Ouro, símbolo da nação. Yaa Nana Asantewaa reuniu um exército de mulheres e homens e lutou contra o colonialismo britânico. A guerra terminou em setembro de 1900, quando os britânicos conseguiram derrotar o povo Ashanti e exilar a rainha.
A liderança de Yaa Nana Asantewaa na guerra inspirou muitos outros líderes africanos na luta pela independência e resistência contra o colonialismo. Ela é lembrada como um símbolo da resistência contra a opressão e da luta pela liberdade e autodeterminação.
Abolição da escravidão x Dia da Consciência Negra |
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O Brasil teve um regime de escravidão que durou mais de 300 anos. Apesar da abolição da escravidão, promovida pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888, as mais de 700 mil pessoas escravizadas não tinham direitos básicos, como terra, trabalho e representação política. A luta do povo negro para obter visibilidade e reconhecimento levou à escolha do dia 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, como o Dia da Consciência Negra. Essa data não apenas homenageia a cultura africana, mas também celebra a resistência do povo negro em busca de seu valor e lugar na sociedade. |
O que a genética diz sobre as suas origens?
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Revisão
Mansa Musa foi um rei africano do Império de Mali no começo do século 14 e foi considerado o homem mais rico do mundo.
Cleópatra foi a última rainha do Egito e se envolveu em relacionamentos políticos e amorosos com soberanos romanos: Júlio César e Marco Antônio. Sua influência no Egito resultou no desenvolvimento de artes, literatura e filosofia.
Yaa Nana Asantewaa foi uma rainha-mãe da nação Ashanti, região que hoje é Gana. Ela liderou um exército de mulheres e homens contra o colonialismo britânico em 1900. Sua liderança e coragem a tornaram um símbolo da resistência e luta pela liberdade e autodeterminação.